O
trato gastrointestinal hospeda uma vasta microbiota, na qual os microrganismos
participam de diversas atividades inter-relacionadas para a manutenção da
homeostase intestinal. O intestino é considerado um importante órgão tanto no
sistema digestório como no sistema imunológico, pois uma microbiota saudável
auxilia na digestão e absorção dos nutrientes, além de diminuir a proliferação
de patógenos. Dessa forma, o comprometimento da integridade intestinal pode
acarretar inúmeros problemas e o desenvolvimento de doenças, entre elas a
disbiose intestinal.
O QUE É A DISBIOSE?
Disbiose
intestinal é definida como: desequilíbrio da flora intestinal, entre os
microrganismos benéficos e patogênicos, que resulta em uma situação
desfavorável à saúde do hospedeiro.
CAUSAS:
SINTOMAS
Intolerância a
algum alimento, língua esbranquiçada, cansaço, unha fraca, queda de cabelo
acentuada, dores de cabeça, muitos gases, estufamento, diarréia, são sinais
indicativos de disbiose.
CONSEQUÊNCIAS
A
desregulação da microbiota leva a aniquilação de vitaminas, fazendo com que as
enzimas deixem de realizar suas funções por serem inativadas, com conseguinte
produção de toxinas, e por fim destruição da mucosa intestinal, causando
redução da absorção dos nutrientes (ALMEIDA et al., 2009), e consequentemente o
surgimento de várias doenças.
TRATAMENTO
Para tratamento
satisfatório da disbiose é preciso realizar o programa dos 4 R\'s que são:
Remover= remoção dos alimentos alergênicos (leite e derivados, glúten,
xenobióticos, entre outros). Recolocar= medidas utilizadas para reequilibrar as
concentrações do ácido clorídrico estomacal e enzimas essenciais para a
digestão. Reinocular = reintroduzir colônias de probióticos em quantidades
adequadas para benefícios à saúde do hospedeiro. Reparar = introdução de dieta
não irritativa, rica em nutrientes de crescimento, para reparo da
mucosa, isenta de frituras, café, cacau, chá preto, refrigerantes e alimentos
industrializados.
A REFORMA DE SAÚDE
“Antes, subjugo o
meu corpo e o reduzo à servidão, para que, pregando aos outros, eu mesmo não venha
de alguma maneira a ficar reprovado." I Cor. 9:27.
O DESEJO DO CRIADOR
“Deus deseja que
alcancemos a norma de perfeição que o dom de Cristo nos tornou possível. Ele
nos convida a fazer nossa escolha do direito, para nos ligarmos com os
instrumentos celestes, adotarmos princípios que hão de restaurar em nós a
imagem divina. ”Pois, “Tudo quanto
prejudica a saúde não somente diminui o vigor físico como tende a enfraquecer
as faculdades mentais e morais. A condescendência com qualquer prática nociva à
saúde torna mais difícil a uma pessoa o discernir entre o bem e o mal, e daí
mais difícil resistir ao mal. Aumenta o perigo de fracasso e derrota.” WHITE, A Ciência
do Bom Viver, págs. 114, 115 e 128.
“A fim de prestar
a Deus perfeito serviço, precisais ter clara concepção de Seus reclamos. Deveis
usar os alimentos mais simples, preparados da mais simples maneira, para que os
delicados nervos do cérebro não sejam debilitados, entorpecidos, ou
paralisados, tornando-se vos impossível discernir as coisas sagradas, e avaliar
a expiação, o sangue purificador de Cristo, como acima de qualquer preço. ”WHITE,
Conselho Sobre o Regime Alimentar, pág. 83.
PERSEVERAR NO USO DO ALIMENTO SAUDÁVEL
''As pessoas que se
têm habituado a um regime muito condimentado, altamente estimulante, têm um
gosto não natural, e não podem logo apreciar o alimento simples. Levará tempo
até que o gosto se torne natural, e o estômago se recupere do abuso sofrido.
Mas os que perseveram no uso do alimento saudável, depois de algum tempo o
acharão agradável ao paladar. Seu delicado e delicioso sabor será apreciado, e
será ingerido com maior satisfação do que se pode encontrar em nocivas
iguarias. E o estômago, numa condição saudável, não estimulado nem
sobrecarregado, está apto a se desempenhar mais facilmente de sua tarefa''. WHITE,
A Ciência do Bom Viver, págs. 298 e 299.
PESQUISAS: DAYANE PRADO
REFERÊNCIAS
ALMEIDA,
L. B.; MARINHO, C. B.; SOUZA, C. S.; CHEIB, V. B. P. Disbiose intestinal.
Revista Brasileira de Nutrição Clínica. v. 24, n. 1, p. 58-65. 2009.
Microbiota
intestinal nas doenças digestivas. Arq. Gastroenterol.[online].
2017, vol.54, n.3, pp.255-262. Epub July 06, 2017. ISSN
0004-2803. http://dx.doi.org/10.1590/s0004-2803.201700000-31.
PASCHOAL,
V.; NAVES, A.; FONSECA, A. B. B. L. Nutrição Clínica Funcional: dos princípios
à prática clínica. São Paulo: Valeria Paschoal Editora Ltda, 2007.
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